segunda-feira, 18 de junho de 2012

A covardia do António Borges

Na Grécia ganhou um qualquer que diz ser a favor da permanência na Zona Euro e logo vieram pessoas dizer que estávamos safos.
Mas não.
Continuamos condenados a sair do Euro porque os gregos e os nossos governantes não sabem governar um país com câmbios fixos.
Quando se tem moeda própria, a balança corrente deficitária ajusta pela desvalorização da moeda enquanto que em câmbios fixos, como é o caso dos países da Zona Euro, a BC deficitária ajusta pela descida dos salários (e vice versa). 
Isto não tem nada de ideológico nem político. É a forma como funciona a economia.


Fig. 1 - Eu explicava-vos porque os salários têm que descer, se vocês não fossem tão burros. O que me interessa é o tacho. Haaaa, tomai lá.

O câmbio altera-se muito rapidamente.
É normal haver, de um ano para o outro, uma alteração da cotação de uma moeda na ordem dos 20%. Então, estando a economia desequilibrada, a alteração da taxa de cambio muda rapidamente os preços relativos entre os bens produzidos no país e no exterior o que equilibra rapidamente a economia.

Qual é a diferença entre uma desvalorização e uma descida dos salários?
Ao haver uma desvalorização, o poder de compra dos salários reduz-se.
Assim, a prazo uma desvalorização é exactamente igual a uma descida dos salários mas existem diferenças no curto prazo por causa dos mecanismos de transmissão entre os preços e os salários.

Se a moeda desvaloriza 20%, como os bens importados são 30% da economia então, no imediato os preços internos vão aumentar 6%. Desta forma, vistos do exterior, os preços descem instantaneamente 14% e o  poder de compra dos salários diminui instantaneamente 6%.

Se os salários descem 20%, no imediato o poder de compra dos trabalhadores vai diminuir 20% porque os preços mantêm-se. Está aqui a grande diferença. A prazo os preços internos vão descer 14% pelo que o poder de compra dos salários só vai diminuir 6%, tal qual como na desvalorização da moeda, mas demora uns meses a acontecer um ajustamento dos preços.

Desta forma, desvalorizar a moeda 20% ou descer os salários 20% é igual e leva à diminuição do salário real em apenas 6% mas, nos meses iniciais, a descida dos salários tem mais impacto negativo na vida das pessoas e menos impacto no equilíbrio da economia.

Mas os nosso governantes e o novo povo são muito burros.
E não aceitam esta equivalência.
Também metem o Miguel Sousa Tavares como grande comentador de economia. Outro é o "professor". Que é que aquele homem percebe de economia?
São fulanos que de economia percebem tanto como eu percebo de mulheres, menos que nada.
Nada, é zero, mas eu sei coisas erradas. É como os ditos cujo. Percebem muito de economia, da errada.
Mas ganham uma boa maquia como comentadores.
Afinal eu é que sou o burro que não ganho nada (como comentador).
Se os governantes não conseguem convencer o povo desta equivalência, Portugal não pode continuar na Zona Euro.

Será a nossa situação e dos demais PIIGS desesperada?
Os anunciadores da desgraça dizem que se alguém sair da Zona Euro, a sua nova moeda vai desvalorizar 50%.
Isso é completamente falso não tendo qualquer fundamento.
Eu sei que aqueles que me ganharam lá naquele prémio defendem isso mas são uns ignorantes totais. Afirmo-o sem reserva.
Desde a fundação do Euro, a Alemanha manteve a evolução dos custos nominais horários do trabalho nos 2.2%/ano, muito próximo da taxa de inflação.
Nesse período os PIIGS, com a Grécia à cabeça, aumentamos os custos do trabalho o que aumentou os preços e levou à perda de competitividade das empresas.

Fig. 1 - Evolução dos custos horários do trabalho relativamente à Alemanha (Dados: Eurostat)

Agora, Portugal tem que descer os custos do trabalho em 15%.
Não é nada do outro mundo.
Já diminuiu 5% mas ainda é preciso cortar os subsídios de férias e de Natal como aplicado à função pública a toda a gente e aumentar o horário de trabalho em 0.5h/dia.
Não é nada que não se aguente. É muito melhor que ter uma taxa de desemprego de 15.2% e explosiva.
Mas a perda do rendimento vai ser muito menor que 15% porque os preços vão diminuir 10%.

A Grécia, a Irlanda e a Itália têm que descer 20%.
A Irlanda e a Grécia já reduziram os custos do trabalho em 10% relativamente a 2008 mas ainda têm que descer mais 20%. Como a descida na Irlanda foi facilitada pelo governo, o impacto social foi muito menor que na Grécia.

A Espanha tem que descer 30%.
É um trabalho muito mais difícil porque o governo espanhol tem assobiado para o ar e teimado em não fazer nada que facilite o ajustamento do mercado de trabalho.
Está preso à convicção que os salários não podem descer.

A treta do "crescer e criar emprego".
É como estar a afogar e, em vez de gritar para que lhe atirem uma bóia, teimar em dizer que está tudo bem e que tem que aprender a nadar.

Porque será bom o governo facilitar as descidas dos salários?
Os salários vão descer na mesma mas o trabalhador vai passar por um período de desemprego.
Ganha hoje 1000, vai para o desemprego e depois fica a ganhar 700.
Se a empresa não pode ajustar o salário, vai despedir o trabalhador ou falir porque não consegue gerar receita que permita pagar o salário.
Para uma descida de 5% temos uma taxa de desemprego de 15.2%.
Esperar que o mercado de trabalho ajuste por si, vai levar a taxa de desemprego para os 20% durante uns anos.

Dizem que os nossos empresários são maus.
É verdade porque as pessoas inteligentes, como o Louçã e eu, são funcionários públicos.
Há milhares de empresários que não tiram 1€/h de trabalho. E vivem cheios de preocupações. É melhor ser funcionário público.
Temos maus empresários, maus políticos, maus funcionário públicos, maus alunos, maus professores, maus de tudo.
Mas em Marrocos ou na Guiné-Bissau ainda há piores.

Quando a empresa abre falência, perde-se capital.
O trabalhador perde competências, as máquinas ficam sem uso, a carteira de clientes perde-se, há uma grande perda económica. Por isso é que a Irlanda está a ajustar a sua economia sem sobressaltos de maior. 

O António Borges deveria explicar porque os salários têm que descer.Mas é um covarde que pensa que o povo português é tão burro que não vale a pena o aborrecimento de explicar que tem que ser.
"Ai não, eu não disse isso, eu disse é que tenho um tacho qualquer no qual ganho umas pequenas maquias que dão para a despesa do golf e falou-se em cortar-me essa maquia".
"Eu quere continuar a mamar e por isso desdigo o que disse. Força, aumentem os salários a começar pelo meu."
"E façam eólicas e essas merdas que o povo burro gosta"
"Ai não, eu não disser isso."
"Disse que são essa inovações tecnológicas que nos vão colocar na vanguarda do Mundo como os navegadores que deram a conhecer novos mundos ao Mundo".

Será que vamos ficar com salários ao nível dos chineses?Não. Em média, um português ganha o triplo de um chinês e, descendo 15%, ainda ficamos muito acima.
Não é descer 50%, é apenas 15%.
É alguém capaz de me dizer de onde esses iluminados tiram esse número de 50%?
De que cartola?

Na emergência actual o governo tem que actuar para induzir uma descida rápida dos custos do trabalho.1 - Cobra como TSU excepcional aos trabalhadores sobre os subsídios de férias e de Natal como o corte aplicado aos funcionários públicos;
2- Com esse dinheiro, desce a TSU do empregador dos salários inferiores a 1200€, mais nos salários mais baixos, de forma a descer os salários em 15%.

A prazo, o código do trabalho tem que incluir mecanismos para o ajustamento dos salários.

O Borges, o Catroga, o Mexia e toda a cambada só querem um tachinho.

Pedro Cosme Costa Vieira

As eólicas no mar são a continuação da loucura do Sócrates

Portugal é um autentico manicómio.
O Sócrates e o Guterres carregaram o país com SCUTS, eólicas, co-geração, metros de superfície, escolas e outras loucuras. Os encargos dessas loucuras traduzem-se na nossa factura da electricidade, Portugal nas SCUTS, e austeridade que nos estão a asfixiar.
Agora é a loucura das eólicas no Mar.
Isto é uma loucura total mas lá estava o Azheilmado Cavaco e o Mexia a dizer que "vamos aproveitar o vento que não custa nada".
Cada vez mais acredito que, daqui a nada, o Sócrates volta e ganha as eleições porque vivemos num autentico manicómio.



Vejamos as contas.
O vento não custa nada. Certo.
Mas a torre custou 23 milhões de euros.
23 000 000 €.
Tem uma potencia nominal de 2Mw.
Os dados dizem que, em média, existe vento para produzir entre 30% e 40% deste valor nominal.
Para uma taxa de juro de 10%/ano (é a taxa de juro de longo prazo da dívida pública portuguesa) e uma amortização em 20 anos, o custo financeiro da produção será entre

Custo financeiro = 0.320€/kwh e 0.425€/kwh
A que acrescem os custos de manutenção e distribuição.
Recordo que a Espanha nos vende electricidade a um preço na ordem dos 0.05€/kwh e que actualmente pagamos cerca de 0.15€/kwh na nossa casa.
A produção eólica, considerando apenas os custos financeiros, custa 2x e 3x o preço que actualmente pagamos na factura.

Será assim que o governo pretende tornar-nos um país rico?
O povinho aceita mais uma vez que estas loucuras nos vão salvar.
E depois vão berrar que não querem pagar.

Pedro Cosme Costa Vieira

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